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21/05/2023 09:47

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Compacto, Confortável e Confiável: Os 30 anos do Mercedes-Benz Classe C

Apresentada em 1993, a série W202 do Mercedes-Benz Classe C foi um sucesso retumbante: até 2001, quase 1,9 milhões de unidades, entre berlinas e carrinhas, saíram das linhas de produção, cativando clientes e admiradores pelo design elegante, pelas inovadoras características técnicas e pelo aumento de espaço para pessoas e bagagens.

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Na soma dos seus atributos, o primeiro Classe C consolidou o sucesso do seu marcante e icónico antecessor, o Mercedes-Benz 190 (W 201), amplamente conhecido como o “Baby Benz” e cuja reputação de fiabilidade se mantém até aos dias de hoje.

Os novos motores diesel e a gasolina do W202, com tecnologia de quatro válvulas, tinham mais potência com consumos reduzidos e menores emissões. Uma versão particularmente desportiva foi a C 36 AMG com 206 kW (280 cv) de potência, resultante do primeiro projeto de cooperação direta com a AMG. Com a série 202, a Mercedes-Benz também introduziu sucessivamente uma nova nomenclatura: à semelhança do Classe S, que já era assim designado desde 1972, passou a ser utilizada uma letra para identificar genericamente a classe do automóvel - daí o nome “Classe C”. A designação do modelo seguiu uma nova lógica, com a letra correspondente à classe a ser colocada à frente da combinação numérica que alude à cilindrada. No Verão de 1993, a Mercedes-Benz transferiu o mesmo princípio para os restantes veículos de passageiros da marca.

O Classe C impressionou pelo design intemporal e espaço interior

O design da série W202 era intemporal e elegante: “O design do primeiro Classe C pretendia apelar a um público mais vasto que acabou por se render às formas elegantes e a uma estética intemporal”, afirma o Prof. Peter Pfeiffer, Diretor de Design entre 1999 e 2008, explicando as especificações na altura. “Cabia na perfeição na linguagem de design da marca. O seu sucesso mostrou que esta consolidação, planeada desde o início, era o caminho certo a seguir. A série 202 tornou-se um sucesso estrondoso”.

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 Em comparação com o seu antecessor, o Classe C oferecia um espaço interior significativamente maior: “Respondemos ao facto de a população da Europa Central estar a crescer em dimensões físicas de ano para ano”, afirma o Prof. Hermann Gaus, responsável pelo desenvolvimento global de veículos na altura. O aumento do espaço interior com dimensões exteriores pouco maiores foi conseguido, por um lado, através da disposição de componentes como o motor, os eixos e a transmissão.

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No Classe C, a deslocação do depósito de combustível também trouxe vantagens consideráveis. No 190, este ainda estava instalado atrás do banco traseiro. No W202, e pela primeira vez, foi utilizado um depósito de combustível em plástico. Este era leve, facilmente moldável e estava localizado sob o banco, à frente do eixo traseiro. Assim, no Classe C, foi possível recuar ligeiramente o banco traseiro para aumentar o espaço disponível para os ocupantes. A capacidade da bagageira também aumentou em relação ao W 201. Ainda assim, com um crescimento no comprimento de cerca de 40 milímetros face ao seu antecessor, a nova série de modelos continuava a poder ser apelidada de berlina compacta.

Segurança e conservação dos recursos

Para além de uma maior segurança nas colisões frontais e traseiras, os engenheiros deram grande prioridade à proteção contra impactos laterais. O pacote de medidas foi extenso. Incluía uma proteção lateral concebida numa única. Isto proporcionou um nível de resistência muito elevado. Para além disso, uma estrutura tubular reforçava as portas. O pilar B, de revestimento triplo, tinha uma base larga e robusta na transição para a soleira lateral. As travessas maciças sob os bancos dianteiros transferiam as forças para o túnel central e para o lado oposto ao do impacto no veículo.

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As anteparas nas saias laterais impediam que estas se deformassem e amassassem. Os bancos também foram concebidos para serem rígidos, de modo a transferirem forças sem colapsarem. Além disso, a conceção do W202 já teve em conta a conservação dos recursos. O objetivo era assegurar que 85% do veículo em fim de vida pudesse ser reciclado.

Novos motores para garantir maior potência com emissões menores

Quando foi lançado no mercado, o Classe C estava disponível em quatro versões a gasolina e três a gasóleo. O C 180 tinha uma potência de 90 kW (122 cv), o C 200 debitava 100 kW (136 cv), o C 220 debitava 110 kW (150 cv) e o C 280, de seis cilindros em linha, produzia 142 kW (193 cv). Entre os modelos Diesel, o C 200 Diesel com 55 kW (75 cv) era o modelo de entrada, seguido do C 220 Diesel com 70 kW (95 cv) e do C 250 Diesel com 83 kW (113 cv).

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Os novos motores a gasolina tinham mais binário e uma potência nominal mais elevada do que no W 201 e a qualidade dos gases de escape foi significativamente melhorada ao nível da redução de emissões. Os engenheiros alcançaram este objetivo através de inovações como a tecnologia de quatro válvulas por cilindro, a variação da árvore de cames nos motores maiores, o desenvolvimento da gestão do motor e a redução da fricção ao nível das válvulas. A Mercedes-Benz foi o primeiro fabricante do mundo a introduzir a tecnologia das quatro válvulas por cilindro para motores a gasóleo. Em conjunto com outras melhorias técnicas, como os novos sistemas de injeção eletrónica, os progressos alcançados também resultaram em potências e binário mais elevados. A recirculação dos gases de escape (de série) e adoção de catalisadores nos motores diesel, reduziram significativamente as emissões de partículas.

Uma suspensão concebida para o conforto

A conceção moderna das suspensões em ambos os eixos contribuíram para a melhoria significativa do conforto de condução e da segurança em comparação com o modelo anterior. Os dois triângulos no eixo dianteiro - daí a designação de eixo de triângulos sobrepostos - otimizaram a orientação das rodas.

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A suspensão traseira independente multilink (multibraços), conhecida do “Baby Benz”, foi modificada e equipada com um suporte flexível para a transmissão do eixo traseiro. A nova configuração de molas e amortecedores, bem como uma maior distância entre eixos e uma maior largura de vias, também contribuíram para o conforto, para um melhor desempenho e para o acréscimo na facilidade de condução.

Quatro linhas de equipamento. A escolha certa para todos

O equipamento de série incluía um airbag para o condutor, a proteção integral contra impactos laterais, sistema anti-bloqueio de travagem ABS, a direção assistida, a transmissão de cinco velocidades e o sistema de fecho centralizado. Para além da chamada versão clássica - mais tarde designada por Classic - a Mercedes-Benz oferecia o Classe C nas linhas de equipamento denominadas Esprit, Elegance e Sport.

A marca descreveu-as como “jovialmente atrevidas” (Esprit), “formalmente elegantes” (Elegance) e “dinamicamente técnicas” (Sport). O Esprit apresentava uma suspensão 25 milímetros mais baixa e um interior mais colorido e “fresco”. O Elegance destacava-se pelas faixas de proteção exteriores em cores a condizer com a pintura da carroçaria e pelas inserções cromadas nas mesmas faixas de proteção e nos puxadores das portas. Os acabamentos em madeira conferem o ambiente mais requintado ao interior. Já o Sport também tinha uma suspensão 25 milímetros mais baixa e uma configuração de suspensão mais desportiva. O equipamento incluía pneus mais largos e jantes de liga leve com cinco furos. “Com estas linhas, conseguimos apelar a um público ainda mais vasto”, explica o Prof. Peter Pfeiffer. “Com o Esprit e o Sport, conseguimos convencer os compradores que consideravam o design do W 202 demasiado sóbrio.” As linhas Classic e Elegance representaram, cada uma delas, um terço das unidades entregues. O Esprit e o Sport constituíram o terço restante.

O lançamento da versão carrinha (Station)

Logo na fase de conceção da berlina, que teve início em 1986, o Conselho de Administração da então Daimler-Benz AG decidiu também desenvolver um modelo Station (carrinha) com a designação interna S 202. Esta foi lançada em 1996 e foi a primeira Station desta nova classe compacta. Este milagre de espaço brilhou com uma série de vantagens práticas - entre elas o seu design. “Os automóveis têm de fascinar”, diz o Prof. Peter Pfeiffer. “Os automóveis baseados apenas na razão pura tradicionalmente falham no mercado.”

O poderio dos modelos AMG

O modelo com melhor desempenho da gama W202 foi, inicialmente, o C 36 AMG, apresentado no Outono de 1993. Foi o primeiro automóvel desenvolvido em conjunto pela Mercedes-Benz e pela AMG. Baseava-se num C 280 com o nível de equipamento “Sport” ao qual a AMG aumentou o diâmetro e o curso do motor V6 de 2,8 litros para atingir uma cilindrada de 3,6 litros. Pistões especiais, uma cambota modificada e uma taxa de compressão mais elevada resultaram numa potência de 206 kW (280 cv). Em comparação com a variante Sport, a suspensão foi rebaixada em mais dez milímetros. O spoiler dianteiro e o traseiro foram modificados, enquanto as saias laterais e as jantes maiores distinguiam visualmente a variante AMG.

Os estilistas de Sindelfingen estiveram envolvidos diretamente no trabalho de desenvolvimento. “O C 36 AMG enquadra-se naturalmente no conceito geral de design da série W202”, afirma o Prof. Peter Pfeiffer. O C 36 AMG viria a ser um grande sucesso: entre o Outono de 1993 e Junho de 1997, foram produzidas 5.221 unidades do C 36 AMG.

Em Setembro de 1997, um motor de oito cilindros fez a sua estreia no Classe C. O C 43 AMG desenvolvia 225 kW (306 cv). No C 55 AMG lançado em 1998, o valor aumentou para uns impressionantes 255 kW (347 cv).

O Classe C vence o DTM logo à primeira tentativa

No DTM, uma série de corridas muito popular em toda a Europa, a partir de 1994, o Classe C continuou o grande sucesso do carro de turismo baseado no 190 E 2.5-16. Logo no ano de partida, Klaus Ludwig ganhou o título com um Mercedes Classe C DTM AMG, cujo motor V6 produzia 294 kW (400 cv). Com a versão revista e já com 324 kW (440 cv), Bernd Schneider garantiu os títulos de campeão no DTM e no Campeonato Internacional de Carros de Turismo - ITC - em 1995. O carro vencedor está exposto na Legend Room 7: “Races and Records” do Museu da Mercedes-Benz.

Com a atualização do modelo chegaram os novos motores V6 e CDI

Durante os períodos de produção da berlina (1993 a 2000) e da Station (1996 a 2001), foram introduzidas numerosas melhorias técnicas e visuais. Em 1995, por exemplo, o C 230 Kompressor voltou a ter um compressor volumétrico Roots. O resultado foi um binário significativamente mais elevado numa ampla gama de rotações e uma entrega de potência muito mais imediata. “Nessa altura, e devido à ausência de turbo-lag (atraso na resposta do turbo), decidimos a favor do compressor em detrimento do turbocompressor”, explica o criador desta versão, Prof. Hermann Gaus. A partir da atualização do modelo em 1997, o C 240 e o C 280 passaram a ser equipados com novos motores V6. O Programa Eletrónico de Estabilidade ESP® estava inicialmente disponível apenas para estes modelos, mas os outros seguiram-se. Como parte da atualização, o equipamento de série passou a incluir airbags laterais nas portas dianteiras, tensores de cintos com limitadores de força nos bancos dianteiros e a assistência à travagem.

A Mercedes-Benz também apresentou um motor diesel turbo. O C 250 Turbodiesel foi o primeiro automóvel de passageiros com tecnologia de quatro válvulas e intercooler. Desenvolvia uma potência de 110 kW (150 cv). Em 1997, o princípio do sistema de injeção common-rail foi introduzido no Classe C e o motor diesel de quatro cilindros do C 220 CDI já produzia então 92 kW (125 cv). Este motor não só apresentava o binário mais elevado da sua classe de cilindrada, como também estabelecia novos padrões de consumos de combustível e de emissões poluentes. Em 1998, juntou-se-lhe o C 200 CDI com 75 kW (102 cv).

Entre 1993 e 2000, foram produzidas 1.626.383 berlinas da série W202 e, entre 1996 e 2001, foram acrescentadas as estas cifras mais 243 871 unidades referentes à versão carrinha (Station).

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